Fotobiografias: a Fortaleza que se encontra em acervos fotográficos pessoais
Data da publicação: 25 de setembro de 2023 Categoria: Departamento de Ciências Sociais, ExtensãoCoordenação: Prof.ª Dr.ª Cristina Maria da Silva
Início da ação: 2016
Breve resumo das atividades desenvolvidas:
As imagens fotográficas são tomadas como metáforas para pensar a cidade e suas narrativas. Através destes álbuns, nas casas dos moradores da cidade ou, como em dois conjuntos, encontradas no lixo, de dois bairros de Fortaleza-CE, Pensamos no que a fotografia pode cartografar da cidade, em como suas imagens e o que as pessoas dizem delas, evocam as práticas ou os modos de fazer a cidade. Bem como, o que podemos recriar a partir delas. Olhando as cidades a partir das “enunciações pedestres” e de suas “geografias de ações”, seguimos as pistas das fotografias. Assim, podemos observar as experiências citadinas para além dos discursos gestores e disciplinares. Saímos do traço e encontramos as “falas dos passos perdidos” (Michel de Certeau), as “práticas urbanas” e suas heterotopias (Michel Foucault), que capturam percursos variáveis, deslocamentos que pontuam as subjetividades nas edificações e rotas dos discursos planejadores. Biografias individuais se entrelaçam e conta a biografia da cidade.
Com a organização das imagens, já coletadas, nesses anos temos como metas a serem alcançadas continuar a refletir sobre elas à luz dos estudos sobre Antropologia Urbana e Antropologia Visual, bem como na interface com a literatura comparada e as narrativas orais, pensando em como se relacionam com a história da cidade, bem como devolvê-las nas ações realizadas no Poço da Draga e na cidade, em forma de exposições virtuais e, quando possíveis presenciais, jogos educativos, rodas de conversa; fóruns virtuais e reuniões de formação sobre audiovisual, memória e patrimônios materiais e imateriais dentro de uma cidade.
– Através do levantamento de imagens fotográficas de acervos pessoais observar como essas ampliam ou confrontam as imagens e histórias oficiais sobre os bairros de Fortaleza, continuar trazendo esses resultados através da participação em reuniões científicas;
– No Poço da Draga:
* Continuaremos a catalogação, o tratamento e análise das imagens, até agora além da ONG Velaumar, visitamos quatro famílias, sendo que em apenas uma casa, conseguimos acessar mais de 50 álbuns fotográficos, do qual saiu uma publicação em 2019, pelo Rastros Urbanos;
*Mapeamento musical do Sarau de mulheres no Poço da Draga, realizado na primeira quinta-feira do mês; pretendíamos acompanhar em 2020, mensalmente o Sarau das senhoras, fazendo um registro das músicas, poesias e como elas expressam seu pertencimento a esse território, através de suas memórias. Contudo, com a pandemia, ficamos apenas com uma entrevista e a participação em três encontros janeiro, fevereiro e março. Pretendemos coletar os relatos que recompõe a história da origem do sarau e tentarmos realizar mais entrevistas com outras mulheres e trabalhar no livro sobre o Sarau.
Site: rastrosurbanos
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